Close Menu

    Inscreva-se

    Receba atualizações sobre as últimas postagens.

    Você pode gostar:

    CAPÍTULO XI – Gênese espiritual [parte 3]

    outubro 5, 2025

    CAPÍTULO XI – Gênese espiritual [parte 2]

    outubro 5, 2025

    CAPÍTULO XI – Gênese espiritual [parte 1]

    outubro 5, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Sou EspiritoSou Espirito
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Login
    • Início
    • Livros
      • O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
      • A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO
    • Estudos
    • Reflexões
    • Vídeos
    • Tema
    Sou EspiritoSou Espirito
    Início»Livros»CAPÍTULO II – Deus [parte 1]
    AnteriorCAPÍTULO PRIMEIRO – Características da revelação espírita – parte 4
    PróximoCAPÍTULO II – Deus [parte 2]

    CAPÍTULO II – Deus [parte 1]

    A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo

    EXISTÊNCIA DE DEUS

    1. Deus, sendo a causa primária de todas as coisas, o ponto de partida de tudo e o eixo sobre a qual repousa o edifício da criação, também é o ponto que devemos considerar antes de tudo.

    2. É um princípio elementar que se julgue uma causa pelos seus efeitos, mesmo quando não se vê essa causa.

    Se um pássaro percorrendo os ares é atingido por um chumbo mortal, deduzimos que um hábil atirador o alvejou, embora não estejamos vendo esse atirador. Portanto, nem sempre se faz necessário ter visto uma coisa para saber que ela existe. Em tudo, é observando os efeitos que chegamos ao conhecimento das causas.

    3. Outro princípio também elementar, e que passou à condição de axioma32 pela força da verdade, é o de que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente.

    Se perguntássemos qual é o construtor de tal mecanismo engenhoso, o que pensaríamos daquele que respondesse que ele se fez sozinho? Quando vemos uma obra-prima da arte ou da indústria, dizemos que ela deve ser o produto de um gênio, porque só uma alta inteligência poderia ter presidido a sua confecção; julgamos que nada menos que um homem deve tê-la feito, pois sabemos que a coisa não está acima da capacidade humana, mas não virá a ninguém a ideia de dizer que ela saiu da cabeça de um idiota ou de um ignorante, e menos ainda que ela é o trabalho de um animal ou produto do acaso.

    4. Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. A existência dos homens antediluvianos33 não estaria provada somente por fósseis humanos, mas também — e com muita certeza — pela presença de objetos trabalhados pelos homens, nos terrenos daquela época; um fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma ou um tijolo bastaria para atestar a sua presença. Pela grosseria ou pela perfeição do trabalho reconheceríamos o grau de inteligência e de adiantamento daqueles que executaram essas obras. Portanto, se vocês se encontrassem num país habitado exclusivamente por selvagens e descobrissem uma estátua digna de Fídias34, não hesitariam em dizer que selvagens eram incapazes de tê-la feito e ela devia ser obra de uma inteligência superior àquela dos selvagens.

    5. Pois bem! Lançando os olhos em torno de si, sobre as obras da natureza, observando a providência, a sabedoria e a harmonia que presidem a tudo, reconhecemos não haver nenhuma que não ultrapasse o mais alto porte da inteligência humana. Desde que o homem não pode produzir tais obras, é que elas são produto de uma inteligência superior à humanidade, a menos que se diga que há efeitos sem causa.

    6. A isto alguns opõem o seguinte raciocínio:
    As obras ditas da natureza são o produto de forças materiais que agem mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos imóveis se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre do mesmo modo, cada uma na sua espécie, em virtude daquelas mesmas leis; cada sujeito se assemelha à espécie da qual surgiu; o crescimento, a floração, a frutificação e a coloração estão subordinados às causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade etc. O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não evidencia uma inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer, mas aquele que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato; ora, as forças orgânicas da natureza são puramente automáticas.

    Tudo isso é verdade; mas essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são inteligentes por si mesmas, também isto é verdade; mas elas são postas em ação, distribuídas, apropriadas para as necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A apropriação útil dessas forças é um efeito inteligente que denotam uma causa inteligente. Um ponteiro de relógio se move com uma regularidade automática e é nessa regularidade que está o seu mérito. A força que faz esse ponteiro se mover é toda material e nada tem de inteligente; mas, que seria desse ponteiro se uma inteligência não tivesse combinado, calculado e distribuído o emprego dessa força para fazê-lo mover com precisão? Pelo fato de a inteligência não estar no mecanismo do ponteiro e de que não se pode vê-la, seria racional concluirmos que ela não existe? Nós a julgamos pelos seus efeitos.

    A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo atesta a inteligência e a sabedoria do relojoeiro. Quando um relógio lhes indica a hora exata de que vocês precisam, acaso veio à mente de alguém dizer: “Eis aqui um relógio muito inteligente!”?
    Assim ocorre com o mecanismo do Universo; Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.

    7. Portanto, a existência de Deus é um fato comprovado, não somente pela revelação, mas pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens não tiveram nenhuma revelação e, entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano; eles veem as coisas que estão acima do poder do humano e deduzem que elas vêm de um ser superior à Humanidade. Eles não são mais lógicos do que aqueles que acham que elas são feitas por si mesmas? [parte 2, DA NATUREZA DIVINA]


    Notas de Rodapé

    32 Axioma: ideia tão racional e evidente que em geral é tomada como uma verdade, sentença, máxima, provérbio — N. T.

    33 Antediluviano: que existia antes do dilúvio. – N. T.

    34 Fídias (490 a.C. – 430 a.C.): exímio escultor da Grécia Antiga. – N. T.

    AnteriorAnteriorCAPÍTULO PRIMEIRO – Características da revelação espírita – parte 4
    PróximoCAPÍTULO II – Deus [parte 2]Próximo

    Compartilhar

    Inscreva seu email:

    Livros

    LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

    LIVRO A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO

    Sou Espirito
    Facebook X (Twitter) Instagram Pinterest
    • Inicio
    • Livros
    • Estudos
    • Reflexões
    • Vídeos
    "Reflexões para iluminar a caminhada e fortalecer a fé na imortalidade da alma." Sou Espírito © 2025 - Todos os direitos reservados.

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.

    Sign In or Register

    Área Restrita

    Faça login para acessar conteúdos restritos

    Esqueceu a senha?