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    CAPÍTULO PRIMEIRO – Características da revelação espírita – parte 4

    A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo

    50. A terceira revelação — vinda numa época de emancipação e maturidade intelectual, em que a inteligência desenvolvida não se submete a um papel passivo e em que o homem não aceita nada às cegas, mas quer ver para onde o conduzem e quer saber o porquê e o como de cada coisa — tinha que ser ao mesmo tempo o produto de um ensino e o fruto do trabalho, da pesquisa e do livre exame. Os Espíritos só ensinam justamente o que é necessário se colocar no caminho da verdade, mas eles se abstêm de revelar aquilo que o homem pode descobrir por si mesmo, deixando-lhe o cuidado de discutir, verificar e submeter tudo ao crivo da razão, muitas vezes deixando-o mesmo adquirir experiência por conta própria. Eles lhes fornecem o princípio e os materiais: cabe ao homem aproveitá-los e implementá-los. (Nº 15.)

    51. Sendo os elementos da revelação espírita simultaneamente dados sobre uma multiplicidade de pontos, a homens de todas as condições sociais e de diversos graus de instrução, fica bem evidente que as observações não podiam ser feitas em toda parte com o mesmo fruto; que as consequências a se tirar delas, a dedução das leis que regem esta ordem de fenômenos, em uma palavra, a conclusão sobre a qual haviam de se firmar as ideias não podia surgir senão do conjunto e da correlação dos fatos. Ora, cada centro isolado, limitado num círculo restrito, muitas vezes só vendo uma ordem particular de fatos — não raro contraditórios na aparência, geralmente vindo de uma mesma categoria de Espíritos e, ao demais, entravados por influências locais e espírito partidário — achava-se na impossibilidade material de abranger o conjunto e, por isso mesmo, incapaz de reunir as observações isoladas a um princípio comum. Cada qual apreciando os fatos sob o ponto de vista dos seus conhecimentos e de suas crenças anteriores, ou da opinião particular dos Espíritos que se manifestassem, logo teriam surgido tantas teorias e sistemas quantos fossem os centros, e nenhum dos quais poderia estar completo, por falta de elementos de comparação e controle. Numa palavra, cada qual teria se imobilizado na sua revelação parcial, crendo possuir toda a verdade, ignorando que em cem outros lugares se obtinha mais ou melhor.

    52. Além disso, é notável que em nenhuma parte o ensino espírita foi dado de uma maneira completa; ele diz respeito a tão grande número de observações, sobre assuntos tão diversos que exigem tanto conhecimentos quanto aptidões mediúnicas especiais, que seria impossível reunir num mesmo ponto todas as condições necessárias. Tendo o ensino que ser coletivo e não individual, os Espíritos dividiram o trabalho, disseminando os objetos de estudo e de observação, assim como em algumas fábricas a confecção de cada parte de um mesmo objeto é repartida entre diferentes operários.

    A revelação é assim feita parcialmente, em diversos lugares e por uma multidão de intermediários, e é dessa maneira que prossegue ainda neste momento, pois que nem tudo foi revelado. Cada centro encontra nos outros centros o complemento daquilo que obtém, e é o conjunto e a coordenação de todos os ensinamentos parciais que têm constituído a doutrina espírita.

    Portanto, era necessário agrupar os fatos espalhados para ver sua correlação, reunir os documentos diversos, as instruções dadas pelos Espíritos sobre todos os pontos e sobre todos os assuntos, para compará-los, analisá-los e estudar suas semelhanças e diferenças. Sendo as comunicações dadas por Espíritos de todas as ordens e mais ou menos esclarecidos, era preciso apreciar o grau de confiança que a razão permitia lhes conceder e distinguir as ideias sistemáticas individuais e isoladas das que tinham a aprovação do ensinamento geral dos Espíritos, as utopias das ideias práticas; afastar aquelas que eram notoriamente desmentidas pelos dados da ciência positiva e da sensata lógica, utilizar igualmente os erros e as informações fornecidas pelos Espíritos, mesmo os da mais baixa categoria, para o conhecimento da situação do mundo invisível e dele formar um conjunto homogêneo. Era preciso, em suma, um centro de elaboração independente de qualquer ideia preconcebida e de todo preconceito de seita, decidido a aceitar a verdade tornada evidente, ainda que ela fosse contrária às suas opiniões pessoais. Esse centro se formou por si mesmo, pela força das coisas e sem propósito premeditado.26

    53. Desse estado de coisas, resultou uma dupla corrente de ideias: umas, partindo das extremidades para o centro e as outras retornando do centro à circunferência. É assim que a doutrina tem caminhado prontamente em direção à unidade, malgrado a diversidade das fontes de onde ela emanou; que as teorias divergentes pouco a pouco caem, pelo fato de seu isolamento, diante da influência da opinião da maioria, na falta de aí encontrar repercussões simpáticas. Uma comunhão de pensamentos desde então se estabeleceu entre os diversos centros parciais; falando a mesma linguagem espiritual, eles se compreendem e se simpatizam de um extremo a outro do mundo.

    Os Espíritos se sentiram mais fortes, lutaram com mais coragem, caminharam com passo mais firme, desde que não mais se viram isolados, desde que perceberam um ponto de apoio, um laço que os reuniu à grande família; os fenômenos que testemunhavam então não mais lhes pareceram estranhos, anormais nem contraditórios, desde que puderam vinculá-los às leis gerais da harmonia, abarcar de um golpe de vista a edificação, e descobrir em todo esse conjunto um fim grandioso e humanitário.27

    Mas como saber se um princípio é ensinado por toda parte ou se não é apenas o resultado de uma opinião individual? Os grupos isolados não estando em condições de saber o que se diz noutros lugares, seria necessário que um centro reunisse todas as instruções para fazer uma espécie de apanhado das vozes e levar ao conhecimento de todos a opinião da maioria.28

    54. Não há nenhuma ciência que tenha tirado todas as peças do cérebro de um só homem; todas — sem exceção — são o produto das observações sucessivas, apoiando-se em observações precedentes, como em um ponto conhecido para chegar ao desconhecido. É assim que os Espíritos têm procedido para com o Espiritismo; daí o fato de o seu ensinamento ser gradativo; eles não abordam as questões senão à medida que os princípios sobre os quais devam se apoiar estejam suficientemente elaborados e que a opinião esteja bastante madura para lhes assimilar. É mesmo notável que todas as vezes que os centros particulares quiseram tratar de questões prematuras eles não obtiveram mais do que respostas contraditórias e não conclusivas. Quando, ao contrário, é chegado o momento favorável, o ensinamento se generaliza e se unifica na quase universalidade dos centros.

    Todavia, entre a marcha do Espiritismo e a das ciências há uma diferença capital, que é a de que estas só atingiram o ponto que alcançaram após longos intervalos, ao passo que bastaram alguns anos para o Espiritismo, senão para alcançar o ponto máximo, pelo menos para recolher uma soma de observações bastante grande para constituir uma doutrina. Isto se deve à multidão inumerável de Espíritos que, pela vontade de Deus, manifestaram-se simultaneamente, trazendo cada qual a sua parcela de conhecimentos. Resultou daí que todas as partes da doutrina, em vez de serem elaboradas sucessivamente durante vários séculos, foram produzidas quase ao mesmo tempo, em apenas alguns anos, e que bastou reuni-las para formar um todo.

    Deus quis que fosse assim, primeiramente para que o edifício chegasse mais rapidamente ao ápice; em segundo lugar, para que pudéssemos, por meio da comparação, ter uma comprovação a bem dizer imediata e permanente da universalidade do ensino, não tendo nenhuma de suas partes valor e nem autoridade a não ser pela sua conexão com o conjunto, devendo todas se harmonizar, achar seu lugar no registro geral, e chegar cada qual no seu tempo.

    Não confiando a um único Espírito o encargo da promulgação da doutrina, Deus quis de outra forma que tanto o mais pequenino quanto o maior entre os Espíritos e entre os homens trouxessem sua pedra ao edifício, a fim de estabelecer entre eles um laço de solidariedade cooperativa que faltou a todas as doutrinas decorrentes de uma única fonte.

    Por outro lado, cada Espírito, assim como cada homem, não tendo mais do que uma soma limitada de conhecimentos, estava individualmente inabilitado para tratar com verdadeiro conhecimento de causa as inúmeras questões inerentes ao Espiritismo; eis também porque a doutrina, para cumprir os desígnios do Criador, não podia ser obra nem de um só Espírito e nem de um só médium; ela só podia surgir da coletividade dos trabalhos controlados uns pelos outros.29

    55. Uma derradeira característica da revelação espírita, e que ressalta das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, ela é e não pode deixar de ser essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua essência, ela faz aliança com a ciência, que, sendo a exposição das leis da natureza numa certa ordem de fatos, não pode ser contrária à vontade de Deus — o autor dessas leis. As descobertas da ciência glorificam Deus ao invés de o rebaixarem; elas só destroem o que os homens edificaram sobre as falsas ideias que fizeram de Deus.

    Portanto, o Espiritismo só estabelece como princípio absoluto aquilo que é demonstrado com evidência, ou aquilo que ressalta logicamente da observação. Tocando em todos os ramos da organização social — aos quais presta apoio com suas próprias descobertas — ele assimilará sempre todas as doutrinas progressivas — de qualquer ordem que sejam — que tenham chegado ao estado de verdades práticas e tenham saído do domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria; se deixasse de ser o que é, faltaria com a sua origem e com o seu objetivo providencial. Caminhando ao lado do progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem que ele está em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto; se uma nova verdade for revelada, ele a aceitará.30


    Notas de Rodapé

    26 O Livro dos Espíritos, a primeira obra que fez o Espiritismo entrar na via filosófica, pela dedução das consequências morais dos fatos, que abordou todas as partes da doutrina, tocando nas questões mais importantes que ela suscita, tem sido, desde o seu aparecimento, o ponto para onde convergiram espontaneamente os trabalhos individuais. É notório que da publicação desse livro data a Era do Espiritismo filosófico, até então conservado no domínio das experiências da curiosidade. Se esse livro conquistou as simpatias da maioria, é que ele era a expressão dos sentimentos dessa maioria, e que correspondia às suas aspirações; é assim também porque cada qual encontrou nele a confirmação e uma explicação racional do que se obtinha em particular. Se estivesse em desacordo com o ensino geral dos Espíritos, ele não teria tido nenhum crédito e prontamente teria caído no esquecimento. Ora, para o que convergimos? Não é para o homem, que não é nada por si mesmo, agente operário que morre e desaparece, mas para a ideia que não perece quando emana de uma fonte superior ao homem. Essa concentração espontânea de forças dispersas deu lugar a uma imensa correspondência, monumento único no mundo, quadro vivo da verdadeira história do Espiritismo moderno, onde se refletem ao mesmo tempo os trabalhos parciais, os sentimentos múltiplos que a doutrina fez nascer, os resultados morais, as dedicações, os desfalecimentos; arquivos preciosos para a posteridade, que poderá julgar os homens e as coisas através de documentos autênticos. Na presença dessas provas irrecusáveis, o que será de agora em diante de todas as falsas alegações e difamações da inveja e do ciúme?

    27 Um testemunho significativo — tão notável quanto tocante — dessa comunhão de pensamentos que se estabeleceu entre os Espíritas, pela conformidade de suas crenças, são os pedidos de preces que nos chegam dos mais distantes países, desde o Peru até as extremidades da Ásia, por parte de pessoas de religiões e nacionalidades diversas e as quais jamais vimos. Não é esse o prelúdio da grande unificação que se prepara e a prova de que por toda parte o Espiritismo lança raízes fortes? É notável que de todos os grupos que se formaram com a intenção premeditada de promover cisão, proclamando princípios divergentes, do mesmo modo que os que, por orgulho ou outras razões, não querem parecer se submeterem à lei comum, consideraram-se fortes o suficiente para caminharem sozinhos, cheios de luzes para dispensarem conselhos, nenhum chegou a construir uma ideia que fosse preponderante e viável; todos se extinguiram ou vegetaram na sombra. Como poderia ser de outro modo, desde que, para se distinguirem — em vez de se esforçarem para dar uma soma maior de satisfações —, eles rejeitavam os princípios da doutrina, especialmente aquele que a torna mais poderosamente atraente, o que ela tem de mais consolador, de mais encorajador e de mais racional? Se eles tivessem compreendido a força dos elementos morais que têm constituído a unidade, não teriam sido enganados por uma ilusão quimérica; entretanto, tomando o seu pequeno círculo como se fosse o Universo, não viram nos adeptos mais do que uma confraria que pode ser facilmente atropelada por outra confraria contrária. É enganar-se estranhamente quanto às características essenciais da doutrina e esse erro só poderia acarretar decepções; em lugar de romper a unidade, eles quebraram o único laço que lhes podia dar força e vida (Ver Revista Espírita, abril de 1866: ‘Espiritismo sem Espíritos’ e ‘Espiritismo independente’).

    28 Este é o objetivo das nossas publicações, que podem ser consideradas como o resultado desse apanhado. Todas as opiniões são discutidas nelas, mas as questões somente são formuladas em princípios depois de haverem recebido a consagração de todas as comprovações que, só elas, podem lhes dar força de lei e permitir afirmá-las. Eis por que não defendemos apressadamente qualquer teoria e é nisso que a doutrina, procedendo do ensino geral, não é o produto de um sistema preconcebido; é também o que dá a sua força e o que garante o seu futuro.

    29 Ver em O Evangelho segundo o Espiritismo, ‘Introdução’, item II, e Revista Espírita, de abril de 1864: ‘Autoridade da Doutrina Espírita; controle universal do ensino dos Espíritos’.

    30 Diante de declarações tão nítidas e tão categóricas, quais as que se contêm neste capítulo, caem todas as alegações de tendências ao absolutismo e à autocracia dos princípios, todas as falsas assimilações que algumas pessoas prevenidas ou mal-informadas emprestam à doutrina. Estas declarações, aliás, não são novas; temos repetido isso muitíssimas vezes nos nossos escritos, para não restar nenhuma dúvida a tal respeito. Elas nos assinalam ainda nosso verdadeiro, o único que ambicionamos: o papel de trabalhador.

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