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    CAPÍTULO VI – Uranografia geral [parte 3]

    • – OS SÓIS E OS PLANETAS
    • – OS SATÉLITES
    • – OS COMETAS

    A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo

    OS SÓIS E OS PLANETAS

    20. Ora, aconteceu que em um ponto do Universo, perdido entre as miríades de mundos, a matéria cósmica se condensou sob a forma de uma imensa nebulosa. Essa nebulosa é animada das leis universais que regem a matéria; em virtude dessas leis — e especialmente a da força molecular de atração — ela toma a forma de um esferoide, a única que pode assumir primitivamente uma massa de matéria isolada no espaço.

    O movimento circular produzido pela gravitação rigorosamente igual de todas as zonas moleculares em direção ao centro logo modificou a esfera primitiva a fim de conduzi-la, de movimento em movimento, à forma lenticular.68 Estamos nos referindo ao conjunto da nebulosa.

    21. Novas forças surgiram em consequência desse movimento de rotação: a força centrípeta e a força centrífuga; a primeira tendendo a reunir todas as partes rumo ao centro, a segunda tendendo dispersá-las a partir do centro. Ora, com o movimento acelerando à medida que a nebulosa se condensa, e seu raio aumentando à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, predominou logo sobre a atração central.

    Assim como um movimento bastante rápido de um estilingue a quebrar a corda e deixar escapar o projétil para longe, também a predominância da força centrífuga destacou o círculo equatorial69 da nebulosa, e desse anel se forma uma nova massa isolada da primeira, mas, todavia, submetida ao seu império. Essa massa conservou seu movimento equatorial que, modificado, tornou-se seu movimento de translação em torno do astro solar. Ao demais, seu novo estado lhe dá um movimento de rotação em torno do próprio centro.

    22. A nebulosa geratriz que deu nascimento a esse novo mundo condensou-se e retomou a forma esférica; mas como o calor primitivo, desenvolvido por seus movimentos diversos e só se abrandando com extrema lentidão, o fenômeno que acabamos de descrever se reproduzirá muitas vezes e durante um longo período, até que essa nebulosa não tenha se tornado bastante densa e sólida o bastante para oferecer resistência eficaz às modificações de forma que lhe imprima sucessivamente o seu movimento de rotação.

    Então, ela não terá dado nascimento a apenas um astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central, saídos dela pelo modo de formação mencionado anteriormente. Ora, cada um de seus mundos — revestido, como o mundo primitivo, das forças naturais que presidem à criação dos universos — gerará na sequência novos globos doravante gravitando em torno de si, como ele gravita, juntamente com seus irmãos em torno do foco de sua existência e de sua vida. Cada um desses mundos será um sol, centro de um turbilhão de planetas sucessivamente separados do seu equador. Esses planetas receberão uma vida especial, particular, embora dependente do seu astro gerador.

    23. Assim, os planetas são formados de massas de matéria condensada, embora ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação da força centrífuga, e, em virtude das leis do movimento, tomando a forma esférica mais ou menos elíptica, conforme o grau de fluidez que conservaram. Um desses planetas será a Terra que, antes de ser resfriada e revestida de uma crosta sólida, dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de formação astral à qual ela própria deve a sua existência; Terra, deste então inscrita no livro da vida, berço de criaturas cuja fraqueza é protegida pelas asas da divina Providência, nova corda colocada na harpa infinita que deve vibrar, no seu lugar, no concerto universal dos mundos.

    OS SATÉLITES

    24. Antes que as massas planetárias tivessem atingido um grau de resfriamento o bastante para lhes operar a solidificação, massas bem menores, verdadeiros glóbulos líquidos, desprenderam-se de algumas delas no plano equatorial, plano no qual a força centrífuga é bem maior, e em razão das mesmas leis adquiriram um movimento de translação em torno do seu planeta originário, como sucedeu a estes em relação ao seu astro central gerador.

    Foi assim que a Terra deu nascimento à Lua, cuja massa menos considerável teve que sofrer um resfriamento mais rápido. Ora, as leis e as forças que presidiram a sua separação do equador terreno, e o seu movimento de translação no mesmo plano agiram de tal sorte que esse mundo, em vez de revestir a forma esférica, tomou a de um globo ovoide, isto é, tendo a forma alongada de um ovo, cujo centro de gravidade será fixado na parte inferior.

    25. As condições nas quais se efetuou a desagregação da Lua mal lhe permitiram afastar-se da Terra e a obrigaram a permanecer eternamente suspensa no seu céu, como uma figura ovoide em que as partes mais pesadas formariam a face inferior voltada para a Terra e cujas partes menos densas ocupariam o topo, tanto que assim descrevemos com a palavra topo a face virada ao lado oposto à Terra e se elevando para o céu. É isso que faz com que esse astro nos apresente continuamente a mesma face. Para melhor se compreender o seu estado geológico, ele pode ser comparado a um globo de cortiça cuja base voltada para a Terra seria formada de chumbo.

    Daí, duas naturezas essencialmente distintas na superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer semelhança com a nossa, porque os seus corpos fluidos e etéreos são desconhecidos; a outra, mais leve em relação à Terra, porque todas as substâncias menos densas se encaminharam para esse hemisfério. A primeira, perpetuamente voltada para a Terra, sem águas e sem atmosfera, a não ser aqui e ali nos limites desse hemisfério subterrestre; a outra, rica de fluidos, perpetuamente oposta ao nosso mundo.70

    26. O número e o estado dos satélites de cada planeta têm variado de acordo com as condições especiais nas quais eles se formaram. Alguns não deram origem a nenhum astro secundário, tal como Mercúrio, Vênus e Marte71, ao passo que outros formaram um ou vários, como a Terra, Júpiter, Saturno etc.

    27. Além de seus satélites ou luas, o planeta Saturno apresenta o fenômeno especial do anel que, visto de longe, parece cercá-lo de uma como auréola branca. Essa formação é para nós uma nova prova da universalidade das leis da natureza. De fato, esse anel é o resultado de uma separação que se operou em tempos primitivos no equador de Saturno, do mesmo modo que uma zona equatorial se escapou da Terra para formar o seu satélite. A diferença consiste em que o anel de Saturno, em todas as suas partes, encontra-se formado de moléculas homogêneas, provavelmente já em certo estado de condensação, e dessa maneira pôde continuar o seu movimento de rotação no mesmo sentido e em tempo quase igual ao do que move o planeta. Se um dos pontos desse anel tivesse ficado mais denso do que outro, uma ou muitas aglomerações de substância se teriam operado subitamente e Saturno contaria com muitos satélites a mais. Desde a época da sua formação, esse anel se solidificou, do mesmo modo que os outros corpos planetários.

    OS COMETAS

    28. Os cometas — astros errantes, mais ainda do que os planetas, que conservaram a denominação etimológica — serão os guias que nos ajudarão a transpor os limites do sistema ao qual a Terra pertence, para nos levar às regiões longínquas da extensão sideral.

    Mas antes de explorarmos os domínios celestes, com a ajuda desses viajantes do Universo, será bom conhecermos o quanto for possível a natureza intrínseca deles e o seu papel na organização planetária.

    29. Muitas vezes esses astros cabeludos são vistos como planetas nascentes, elaborando no seu caos primitivo as condições de vida e de existência que são compartilhadas com as terras habitadas; outros imaginaram que esses corpos extraordinários eram mundos em estado de destruição, e, para muitos, sua estranha aparência foi motivo de apreciações errôneas acerca da sua natureza, a tal ponto que não houve quem — nem mesmo a astrologia judiciária — não fizesse presságios de infortúnios enviados por decretos providenciais à Terra espantada e trêmula.

    30. A lei de variedade é aplicada com tão larga profusão nos trabalhos da natureza que é de se perguntar como os naturalistas, os astrônomos ou os filósofos levantaram tantos sistemas para assimilar os cometas aos astros planetários e para somente verem neles astros em um grau mais ou menos adiantado de desenvolvimento ou de degeneração. Entretanto, os quadros da natureza deveriam bastar amplamente para afastar o observador da preocupação de investigar relações inexistentes e deixar aos cometas o papel modesto — porém útil — de astros errantes que servem de exploradores para os impérios solares. Como os corpos celestes de que tratamos são muito diferentes dos corpos planetários; eles não estão destinados — assim como os planetas estão — a servir de habitação para as humanidades? Eles vão sucessivamente de sóis em sóis, por vezes pelo caminho se enriquecendo de fragmentos planetários reduzidos ao estado de vapor, absorvendo das lareiras solares os princípios vivificantes e renovadores que eles derramam sobre os mundos terrestres (cap. IX, n° 12).

    31. Quando um desses astros se aproxima do nosso pequenino globo, para atravessar a sua órbita e retornar ao seu apogeu72, situado a uma incalculável distância do Sol, se nós os seguíssemos pelo pensamento, para com ele visitar as províncias siderais, transporíamos essa prodigiosa extensão de matéria etérea que separa o Sol das estrelas mais próximas, e observando os movimentos combinados desse astro, que se imaginaríamos estivesse perdido no deserto do infinito, ainda aí encontraríamos uma prova eloquente da universalidade das leis da natureza, que atuam a distâncias que a mais criativa imaginação mal pode conceber.

    Aí, a forma elíptica toma a forma parabólica73 e a marcha se torna tão lenta ao ponto de não percorrer mais que alguns metros ao mesmo tempo em que no seu perigeu74 ela terá percorrido muitos milhares de léguas. Talvez um sol mais poderoso e mais importante do que aquele que ele acaba de deixar exerça sobre esse cometa uma atração preponderante e o receba na categoria de seus súditos, e então as crianças espantadas da vossa pequenina Terra esperarão em vão o retorno que haviam calculado pelas observações incompletas. Nesse caso, nós — que acompanhamos pelo pensamento o cometa errante nessas regiões desconhecidas — encontraremos então uma nova nação ignorada pelos olhares terrenos, inimaginável para os Espíritos que habitam a Terra, inconcebível mesmo para seu pensamento, porque ela será teatro de inexploradas maravilhas.

    Chegamos ao mundo astral, nesse mundo deslumbrante dos vastos sóis que irradiam no espaço infinito e que são as flores brilhantes do magnífico jardim da criação. Só chegando lá, saberemos o que é a Terra.


    Notas de Rodapé

    68 Lenticular: semelhante a uma lente, ou a um grão de lentilha, mais ou menos como uma esfera achatada. Diz-se galáxia lenticular aquela que se assemelha a essa forma – N. T.

    69 Equatorial: relativo à linha do equador, o eixo horizontal da Terra, dividindo o Globo em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul – N. T.

    70 Esta teoria da Lua, inteiramente nova, explica, pela lei da gravidade, a razão pela qual esse astro apresenta sempre a mesma face para a Terra. Seu centro de gravidade, em vez de estar no centro da esfera, encontra-se num dos pontos de sua superfície e, em consequência disso, sendo atraído para a Terra por uma força maior do que as partes mais leves, a Lua produzirá o efeito das figuras chamadas joão-bobo, que se levantam constantemente sobre a sua base, ao passo que os planetas, cujo centro de gravidade está a iguais distâncias da superfície e giram regularmente sobre o próprio eixo. Os fluidos vivificantes — gasosos ou líquidos, em virtude da sua leveza específica — se encontrariam acumulados no hemisfério superior constantemente oposto à Terra; o hemisfério inferior, o único que nós vemos, seria desprovido de tais fluidos e por isso impróprio à vida, enquanto esta reinaria no outro. Portanto, se o hemisfério superior fosse habitado, seus habitantes jamais teriam visto a Terra, a menos que excursionem pelo outro hemisfério, o que seria impossível, por não haver ali as necessárias condições de vitalidade. Por muito racional e científica que seja essa teoria, como ela ainda não foi confirmada por nenhuma observação direta, somente pode ser aceita como hipótese e como uma ideia capaz de servir de base à ciência; mas não se pode discutir que seja a única até o momento que dê uma explicação satisfatória das particularidades que esse globo apresenta.

    71 Marte deve ser excluído desta lista, pois, como se sabe atualmente, logo mais em 1877 foram descobertos dois satélites (Fobos e Deimos) relativos a esse planeta – N. T.

    72 Apogeu: em astronomia, é o ponto mais afastado em que um satélite (como a lua e os cometas) se coloca em relação à Terra – N. T.

    73 Forma parabólica: forma de uma parábola, seção cônica de iguais distâncias entre dois pontos dispersos em relação a determinado ponto fixo – N. T.

    74 Perigeu: oposto de apogeu, ponto da órbita de um astro (como um cometa) que se encontra mais próximo da Terra – N. T.

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