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    Início»Livros»CAPÍTULO VII – Esboço geológico da Terra [parte 2]
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    CAPÍTULO VII – Esboço geológico da Terra [parte 2]

    • – PERÍODO PRIMÁRIO
    • – PERÍODO DE TRANSIÇÃO
    • – PERÍODO SECUNDÁRIO

    A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo

    PERÍODO PRIMÁRIO

    19. O primeiro efeito do resfriamento foi a solidificação da superfície exterior da massa em fusão, e a formação aí de uma crosta resistente que, a princípio fina, engrossava gradativamente. Essa crosta constitui a pedra chamada granito, de uma extrema dureza, assim denominada pelo seu aspecto granulado. Nela se distinguem três substâncias principais: o feldspato, o quartzo ou cristal de rocha e a mica; esta última tem um brilho metálico, embora não seja um metal.

    A camada granítica foi, portanto, a primeira que se formou no globo, que ela envolve por inteiro e do qual constitui de certo modo a estrutura óssea; é o produto direto da matéria em fusão consolidada. É sobre ela, e nas cavidades que apresentava sua superfície atormentada, que sucessivamente foram depositadas as camadas de outros terrenos formados posteriormente.

    O que a distingue destes últimos é a ausência de toda estratificação; quer dizer: ela forma uma massa compacta e uniforme em toda a sua espessura, e não disposta em camadas. A efervescência da matéria incandescente havia de produzir nela numerosas e profundas fendas, pelas quais essa mesma matéria transbordava.

    20. O segundo efeito do resfriamento foi a liquefação84 de algumas matérias contidas no ar em estado de vapor, as quais se precipitaram na superfície do solo. Então houve aí chuvas e lagos de enxofre e de betume, verdadeiros riachos de ferro, cobre, chumbo e outros metais fundidos; esses materiais, infiltrando-se pelas fissuras, constituíram os veios e filões metálicos.85

    Sob a influência desses diversos agentes, a superfície granítica experimentou decomposições alternativas; produziram-se misturas que formaram os terrenos primitivos propriamente ditos, distintos da rocha granítica, porém em massas confusas e sem estratificações regulares.

    A seguir, vieram as águas que, tombando sobre um solo ardente, novamente se vaporizavam, recaíam em chuvas torrenciais e assim sucessivamente, até que a temperatura lhes permitiu permanecer sobre o solo em estado líquido.

    É na formação dos terrenos graníticos que principia a série dos períodos geológicos. Aos seis períodos principais, seria então conveniente que acrescentarmos o do estado primitivo de incandescência do globo.

    21. Esse foi o aspecto do primeiro período, verdadeiro caos de todos os elementos mesclados procurando sua estabilização onde nenhum ser vivo poderia existir; além disso, um de seus caracteres distintivos em geologia é a ausência de qualquer vestígio de vida vegetal ou animal.

    É impossível especificar uma duração determinada a esse período, muito menos quanto aos seguintes; contudo, dado o tempo que uma bala de canhão de um determinado volume e aquecida até o vermelho vivo precisou para que sua superfície fosse resfriada o bastante até que uma gota d’água aí fique em estado líquido, calculou-se que se essa bala tivesse o tamanho da Terra, seria preciso mais de um milhão de anos.

    PERÍODO DE TRANSIÇÃO

    22. No começo do período de transição, a crosta sólida granítica ainda tinha pouca espessura e não oferecia mais que uma fraquíssima resistência à efervescência das matérias abrasadas que ela cobria e comprimia. Produziam-se ali dilatações, despedaçamentos numerosos, por onde se escapava a lava interior. O solo só apresentava desigualdades pouco consideráveis.

    Pouco profundas, as águas cobriam quase toda a superfície do globo, com exceção das partes elevadas, formando terrenos baixos e frequentemente alagados.

    O ar pouco a pouco se purgava das matérias as mais pesadas momentaneamente em estado gasoso, e que, condensando-se por efeito do resfriamento, precipitavam-se na superfície do solo, sendo depois arrastadas e dissolvidas pelas águas.

    Quando se fala de resfriamento para aquela época, deve-se entender essa palavra em sentido relativo, isto é, em relação ao estado primitivo, pois a temperatura ainda deveria ser ardente.

    Os espessos vapores aquosos que se elevavam em toda parte da imensa superfície líquida recaíam em chuvas abundantes e quentes, obscurecendo o ar. No entanto, os raios do Sol começavam a aparecer através dessa atmosfera brumosa.

    Uma das últimas substâncias de que o ar teve de se expurgar — por estar naturalmente em estado gasoso — foi o ácido carbônico, que então formou uma das suas partes constituintes.

    23. A essa época começaram a se formar as camadas de terrenos de sedimento, depositadas pelas águas carregadas de limo e de matérias diversas apropriadas para a vida orgânica.

    Surgem aí os primeiros seres vivos do reino vegetal e do reino animal; a princípio em número reduzido, encontram-se neles traços cada vez mais frequentes à medida que passamos pelas camadas mais elevadas dessa formação. É notável como a vida se manifesta por toda parte tão logo que as condições lhe são propícias, e que cada espécie nasça desde que se produzam as condições próprias à sua existência.

    24. Os primeiros seres orgânicos que apareceram na Terra foram os vegetais de organização menos complicada, designados em botânica sob os nomes de criptógamos, acotiledôneos, monocotiledôneos, isto é, liquens, cogumelos, musgos, fetos e plantas herbáceas.86 Ainda não se via ali árvores com tronco lenhoso, mas as do gênero palmeira, cujo caule esponjoso é semelhante ao das ervas.

    Os animais desse período, que apareceram em seguida aos primeiros vegetais, eram exclusivamente marinhos: primeiramente os polipeiros, os raiados, zoófitos, animais de organização simples e por assim dizer rudimentar, que se aproxima o máximo dos vegetais; mais tarde, vieram os crustáceos e os peixes de espécies que já não existem hoje.

    25. Sob o império do calor e da umidade, e por consequência do excesso de ácido carbônico espalhado no ar — gás impróprio para a respiração dos animais terrestres, mas necessário às plantas — os terrenos expostos se cobriram rapidamente de uma vegetação pujante ao mesmo tempo em que as plantas aquáticas se multiplicavam no seio dos pântanos. Plantas do gênero daquelas que nos dias atuais são simples ervas de alguns centímetros atingiam altura e grossura admiráveis; assim é que havia florestas de fetos arborescentes de 8 a 10 metros de elevação e de uma grossura proporcional; os licopódios (pé de lobo; tipo de musgo) de mesmo porte; cavalinhas87 de 4 a 5 metros, que hoje mal tem um metro, e uma infinidade de espécies que não existem mais. Ao final do período, começam a aparecer algumas árvores do gênero conífero ou pinheiros.

    26. Como resultado do deslocamento das águas, os terrenos que produziam essas massas de vegetais foram repetidamente submergidos, recobertos de novos sedimentos terrosos, enquanto, por outro lado, os que estavam secos se adornavam de vegetação semelhante. Houve então várias gerações de vegetais alternativamente extintas e renovadas. O mesmo não ocorreu com os animais que, por serem todos aquáticos, não estavam sujeitos a essas alternativas.

    Acumulados durante longa série de séculos, esses destroços formaram camadas de grande espessura. Sob a ação do calor, da umidade, da pressão exercida pelos depósitos terrosos posteriores e, sem dúvida, de diversos agentes químicos, dos gases, dos ácidos e dos sais produzidos pela combinação dos elementos primitivos, aquelas matérias vegetais sofreram uma fermentação que as converteu em hulha ou carvão de barro. As minas de hulha são exatamente o produto direto da decomposição de amontoados de vegetais acumulados durante o período de transição; é por isso que são encontrados em quase todas as regiões.88

    27. Os restos fósseis da poderosa vegetação daquela época acham-se hoje sob os gelos das terras polares, bem como na zona tórrida, pelo que é preciso concluir que, uma vez que a vegetação era uniforme, igualmente a temperatura havia de ser assim. Portanto, os polos eram cobertos de gelo como é agora. É que então a Terra tirava o calor de si mesma, do fogo central que aquecia de igual modo toda a camada sólida ainda pouco espessa. Esse calor era bem superior ao que podia vir dos raios solares, enfraquecidos de alguma forma pela densidade da atmosfera. Só mais tarde, quando a ação do calor central não pode exercer sobre a superfície exterior do globo mais do que uma ação fraca ou nula, a do Sol se tornou preponderante e as regiões polares — que apenas recebiam raios curvos, portadores de pouquíssimo calor — se cobriram de gelo. Compreende-se que na época de que falamos, e ainda muito tempo depois, o gelo era desconhecido na Terra.

    A julgar pelo número e pela espessura das camadas carbonizadas, esse período deve ter sido muito longo.89

    PERÍODO SECUNDÁRIO

    28. Com o período de transição desaparecem a vegetação colossal e os animais que caracterizavam essa época — seja porque as condições atmosféricas já não fossem as mesmas, seja porque uma série de cataclismos tenha aniquilado tudo que tinha vida na Terra. É provável que as duas causas tenham contribuído para essa transformação, porque, de um lado o estudo dos terrenos que marcam o fim desse período atesta grandes convulsões causadas pelos soerguimentos e erupções que derramaram sobre o solo grandes quantidades de lavas, e, por outro lado notáveis modificações se operaram nos três reinos.

    29. O período secundário, sob o aspecto mineral, é caracterizado por numerosas e fortes camadas que atestam uma formação lenta no seio das águas e marcam diferentes épocas bem caracterizadas. A vegetação é menos rápida e menos colossal do que no período precedente, sem dúvida por consequência da diminuição do calor e da umidade, e de modificações sobrevindas dos elementos constitutivos da atmosfera. Às plantas herbáceas e polpudas, juntam-se as de caule lenhoso e as primeiras árvores propriamente ditas.

    30. Os animais ainda são aquáticos, ou no máximo anfíbios; a vida animal sobre a terra alcançou pouco progresso. Uma prodigiosa quantidade de animais de conchas se desenvolve no meio dos mares devido à formação das matérias calcárias; tornam a nascer novos peixes de organização mais aperfeiçoada do que no período precedente; vemos aparecer os primeiros cetáceos. Os mais característicos animais dessa época são os répteis monstruosos dentre os quais se notam: O ictiossauro, espécie de peixe-lagarto que atingia até 10 metros de comprimento e cujas mandíbulas, prodigiosamente alongadas, eram armadas de cento e oitenta dentes. Sua forma geral lembra um pouco a do crocodilo, mas sem couraça escamosa; seus olhos tinham o volume da cabeça de um homem; possuía barbatanas como a baleia e expelia água por aberturas como aquela.

    O plesiossauro, outro réptil marinho, tão grande quanto o ictiossauro e cujo pescoço excessivamente longo dobrava-se como o do cisne e lhe dava a aparência de enorme serpente ligada a um corpo de tartaruga. Tinha a cabeça do lagarto e os dentes do crocodilo; sua pele devia ser lisa, qual a do precedente, porquanto não se lhe descobriu nenhum traço de escamas nem de carapaça.90

    O teleossauro se aproxima mais dos crocodilos atuais, que parecem ser os diminutivos dele; como os últimos, tinha uma couraça escamosa e vivia ao mesmo tempo na água e na terra; seu tronco era de cerca de 10 metros, dos quais 3 ou 4 só para a cabeça; sua enorme boca tinha 2 metros de abertura.

    O megalossauro, grande lagarto, espécie de crocodilo de 14 a 15 metros de comprimento e essencialmente carnívoro, nutria-se de répteis, de pequenos crocodilos e tartarugas. Sua formidável mandíbula era armada de dentes em forma de lâmina de podadeira91, de gume duplo e recurvados para trás, de tal modo que uma vez enfincados na presa, era impossível de esta se desgarrar.

    O iguanodonte, o maior dos lagartos que já apareceram na Terra; tinha de 20 a 25 metros da cabeça à extremidade da cauda. Seu focinho era dotado de um chifre ósseo semelhante ao do iguano da atualidade, do qual parece que não diferir senão pela forma, já que esse último tem apenas 1 metro de comprimento. O formato dos dentes prova que ele era herbívoro e o dos pés prova que era um animal terrestre.

    O pterodáctilo, animal estranho, do tamanho de um cisne, por sua vez tomando parte do réptil pelo corpo, do pássaro pela cabeça e do morcego pela membrana carnuda que lhe religava os dedos de uma espantosa largura e lhe servia de paraquedas quando se precipitava sobre a presa do alto de uma árvore ou de um rochedo. Não possuía bico córneo como os pássaros, mas os ossos dos maxilares, tão longos quanto a metade do corpo e guarnecidos de dentes, terminando em ponta como um bico.

    31. Durante esse período — que há de ter sido muito longo, como atestam o número e a potência das camadas geológicas — a vida animal teve imenso desenvolvimento no âmago das águas, tal como ocorreu com a vegetação no período que anterior. Mais depurado e mais favorável à respiração, o ar começou a permitir a alguns animais viver sobre a terra. O mar foi várias vezes deslocado, porém, ao que parece, sem abalos violentos. Com esse período desaparecem por sua vez aquelas raças de gigantescos animais aquáticos, substituídos mais tarde por espécies parecidas, de formas menos desproporcionadas e de porte bem menor.

    32. O orgulho levou o homem a dizer que todos os animais foram criados por sua causa e para suas necessidades. Mas qual o número dos que lhe servem diretamente, dos que lhe foi possível submeter, comparado ao número incalculável daqueles com os quais ele nunca teve nem nunca terá qualquer contato? Como pode sustentar semelhante tese, em face das inumeráveis espécies que só povoaram a Terra por milhares e milhares de séculos antes mesmo que ele aí surgisse e que afinal desapareceram? Pode-se afirmar que elas foram criadas em seu proveito? Contudo, todas as espécies tinham a sua razão de ser, sua utilidade. Certamente, Deus não as poderia criar por um capricho da sua vontade e para em seguida se dar ao prazer de aniquilá-las, pois que todas tinham vida, instintos, sensação de dor e de bem-estar. Com que objetivo ele o fez? Esse objetivo deve ter sido soberanamente sábio, embora ainda o não compreendamos. Talvez um dia seja dado ao homem conhecê-lo, para confusão do seu orgulho; mas enquanto isso, quanto as ideias se ampliam diante os novos horizontes dos quais agora lhe é permitido mergulhar a vista ante o espetáculo imponente dessa criação, tão majestosa na sua lentidão, tão admirável na sua previdência, tão pontual, tão precisa e tão invariável nos seus resultados!


    Notas de Rodapé

    84 Liquefação: transição ao estado líquido de uma substância que se encontra no estado gasoso ou sólido. – N. T.

    85 Veios e filões: camadas, riscos, estrias e listras de cores variadas presentes em rochas, pedras, mármores. — N. T.

    86 A Biologia de nosso tempo aponta os primeiros seres vivos eram ainda mais simples: unicelulares, bactérias muito primitivas e desprovidas de núcleos. — N. T.

    87 Planta pantanosa, normalmente chamada cauda de cavalo.

    88 A turfa [massa de tecidos de várias plantas] se formou da mesma maneira: pela decomposição dos amontoados de vegetais, em terrenos pantanosos; mas com a diferença de ser muito mais recente, e sem dúvida, noutras condições, ela não tinha tempo de se carbonizar.

    89 Na baía de Fundy (Nova Escócia), o Sr. Lyell encontrou sobre uma camada de hulha na espessura de 400 metros 68 níveis diferentes, apresentando traços evidentes de vários solos de florestas cujos troncos de árvores ainda estavam guarnecidos de suas raízes. (L. Figuier). Não supondo mais de mil anos para a formação de cada um desses níveis, já teríamos 68.000 anos só para essa única camada carbonizada.

    90 O primeiro fóssil deste animal foi descoberto na Inglaterra em 1823. Depois, outros dele foram achados na França e na Alemanha.

    91 Espécie de foice usada em jardinagem para podar plantas — N. T.

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