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    CAPÍTULO X – Gênese orgânica [parte 1]

    • – FORMAÇÃO PRIMÁRIA DOS SERES VIVOS

    A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo

    FORMAÇÃO PRIMÁRIA DOS SERES VIVOS

    1. Houve tempo em que não existiam animais; logo, eles tiveram um começo. Viu-se cada espécie aparecer à medida que o globo adquiria as condições necessárias para a existência delas: eis o que é um fato patente. Como se formaram os primeiros indivíduos de cada espécie? Compreendemos que, existindo um primeiro casal, os indivíduos se multiplicaram; mas de onde saiu esse primeiro casal? Eis aqui um dos mistérios que dependem do princípio das coisas e sobre os quais nós só podemos levantar hipóteses. Se a ciência ainda não pode resolver completamente o problema, pelo menos, ela pode encaminhá-lo para a solução.

    2. Uma primeira questão que se apresenta é esta: cada espécie animal saiu de um casal primário, foram criados de vários casais ou, se o preferirem, brotaram simultaneamente em diversos lugares?

    Esta última suposição é a mais provável; podemos dizer até que ela resulta da observação. Com efeito, o estudo das conchas geológicas atesta a presença nos terrenos de mesma formação e isso em enormes proporções, da mesma espécie sobre os pontos mais longínquos do globo. Essa multiplicação, tão generalizada e de alguma maneira contemporânea, teria sido impossível com um tipo primitivo único.

    De outro modo, a vida de um indivíduo — sobretudo de um indivíduo nascido — está sujeita a tantas eventualidades que toda uma criação poderia ficar comprometida sem a variedade dos tipos primários, o que implicaria uma imprevisão inadmissível da parte do soberano Criador. Ademais, se um tipo pôde se formar em um determinado lugar, pela mesma causa ele poderia ser formado em vários lugares.

    Logo, tudo contribui para provar que houve criação simultânea e múltipla dos primeiros casais de cada espécie animal e vegetal.

    3. A formação dos primeiros seres vivos, por analogia, pode ser deduzida pela mesma lei pela qual foram formados — e se formam todos os dias — os corpos inorgânicos. Na proporção que aprofundamos as leis da natureza, vemos as engrenagens — que a princípio pareciam tão complicadas — se simplificarem e se confundirem na grande lei de unidade que preside toda a obra da criação. Compreendemos isso melhor quando nos dermos conta da formação dos corpos inorgânicos, que é o seu primeiro degrau.

    4. A química considera como essenciais um certo número de substâncias, tais como: o oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono, o cloro, o iodo, o flúor, o enxofre, o fósforo e todos os metais. Pela sua combinação, essas substâncias formam os corpos compostos: os óxidos, os ácidos, os álcalis, os saís e as inúmeras variedades que resultam da combinação destes.

    A combinação de dois corpos para formar um terceiro exige um concurso especial de circunstâncias: seja um determinado grau de calor, de sequidão ou de umidade, seja o movimento ou o repouso, seja uma corrente elétrica etc. Se essas circunstâncias não existirem, a combinação não se dará.

    5. Quando há essa combinação, os corpos componentes perdem suas propriedades características, enquanto o composto que resulta deles adquire novas propriedades, diferentes daquelas das primeiras. É assim, por exemplo, que o oxigênio e o hidrogênio — que são gases invisíveis — sendo combinados quimicamente, formam a água — que é líquida, sólida, ou vaporosa, conforme a temperatura. A bem dizer, na água já não há mais oxigênio nem hidrogênio, mas um corpo novo; se essa água for decomposta, aqueles dois gases, sendo novamente liberados, recuperam suas propriedades e já não haverá mais água. A mesma quantidade dessa água pode ser assim alternativamente decomposta e recomposta infinitamente.

    6. A composição e a decomposição dos corpos ocorrem por consequência do grau de afinidade que os princípios elementares têm uns com os outros. A formação da água, por exemplo, resulta da afinidade recíproca do oxigênio e do hidrogênio; mas se pusermos em contato com a água um corpo que tenha mais afinidade com o oxigênio do que a que este tem com o hidrogênio, a água se decompõe: o oxigênio é absorvido e o hidrogênio torna-se livre e já não haverá mais água.

    7. Os corpos compostos se formam sempre em proporções definidas, quer dizer, pela combinação de uma determinada quantidade dos princípios constituintes. Assim, para formar a água, é preciso uma parte de oxigênio e duas de hidrogênio. Se duas partes de oxigênio forem combinadas com duas de hidrogênio, em vez de água, obteremos aí o dióxido de hidrogênio — um líquido corrosivo, embora formado dos mesmos elementos que a água, porém numa outra proporção.

    8. Em poucas palavras, está é a lei que preside a formação de todos os corpos da natureza. A imensurável variedade desses corpos resulta de um número pequenino de princípios elementares combinados em proporções diferentes.

    Assim, o oxigênio, combinado em certas proporções com o carbono, o enxofre e o fósforo, forma os ácidos carbônico, sulfúrico e fosfórico; o oxigênio e o ferro formam o óxido de ferro ou ferrugem; o oxigênio e o chumbo — ambos inofensivos — dão origem aos óxidos de chumbo, tais como o litargírio, o alvaiade, o mínio — que são venenosos. O oxigênio com os metais chamados cálcio, sódio e potássio, forma a cal, a soda e a potassa. A cal unida ao ácido carbônico forma os carbonatos de cal ou pedras calcárias, tais como o mármore, a greda, a pedra de construção e as estalactites das grutas; unida ao ácido sulfúrico, forma o sulfato de cálcio ou gesso e o alabastro; ao ácido fosfórico: o fosfato de cal, base sólida dos ossos; o cloro e o hidrogênio formam o ácido clorídrico ou hidroclórico; o cloro e o sódio formam o hidrocloreto ou sal marinho.

    9. Todas essas combinações e milhares de outras são obtidas artificialmente em pequena escala nos laboratórios de química; elas se operam espontaneamente em larga escala no grande laboratório da natureza.

    Em sua origem, a Terra não continha essas matérias combinadas, mas apenas seus princípios constitutivos volatilizados. Quando as terras calcárias e outras — que se tornaram pedrosas com o tempo — foram depositadas na sua superfície, elas não existiam inteiramente formadas; porém, no ar se encontravam, em estado gasoso, todas as substâncias básicas; essas substâncias — precipitadas por efeito do resfriamento e sob a força de circunstâncias favoráveis — foram combinadas segundo o grau de suas afinidades moleculares; foi então que se formaram as diversas variedades de carbonatos, de sulfatos etc., a princípio em dissolução nas águas, depois depositadas na superfície do solo.

    Suponhamos que, por uma causa qualquer, a Terra voltasse ao seu estado de incandescência primitiva, tudo isso se decomporia; os elementos se separariam; todas as substâncias fusíveis se fundiriam; todas as que são voláteis se evaporariam. Então um segundo resfriamento levaria a uma nova precipitação e as antigas combinações se formariam novamente.

    10. Estas considerações provam o quanto a química era necessária para o conhecimento da Gênese. Antes do conhecimento das leis de afinidade molecular, era impossível compreender a formação da Terra. Essa ciência esclareceu a questão de um jeito inteiramente novo, como a astronomia e a geologia têm feito de outros pontos de vista.

    11. Na formação dos corpos sólidos, um dos fenômenos mais notáveis é o da cristalização, que consiste na forma regular que certas substâncias assumem quando da sua passagem de estado líquido ou gasoso ao estado sólido. Essa forma — que varia de acordo com a natureza da substância — é geralmente a de sólidos geométricos, tais como o prisma, o romboide, o cubo e a pirâmide. Todo o mundo conhece os cristais de açúcar cândi; os cristais de rocha, ou sílica cristalizada, são prismas de seis faces terminadas em pirâmide igualmente hexagonal. O diamante é carbono puro ou carvão cristalizado. Os desenhos que no inverno se produzem sobre as vidraças são devidos à cristalização do vapor d’água durante o congelamento, sob a forma de agulhas prismáticas.

    A disposição regular dos cristais corresponde à forma particular das moléculas de cada corpo; essas partículas — infinitamente pequenas para nós, mas que não deixam por isso de ocupar certo espaço, solicitadas umas para as outras pela atração molecular — se arranjam e se justapõem conforme a exigência de sua forma, de maneira a tomar cada uma toma o seu lugar em torno do núcleo ou primeiro centro de atração e a formar um conjunto simétrico.

    A cristalização não se opera senão pela força de certas circunstâncias favoráveis, sem as quais ela não pode ocorrer; o grau da temperatura e o repouso são condições essenciais. Compreendemos que um calor muito forte, mantendo as moléculas afastadas, não lhes permitiria se condensar, e que a agitação se opondo ao seu arranjo simétrico, elas não formariam mais do que uma massa confusa e irregular, e não partindo da cristalização propriamente dita.

    12. A lei que rege a formação dos minerais conduz naturalmente à formação dos corpos orgânicos.

    A análise química mostra todas as substâncias vegetais e animais compostas dos mesmos elementos que os corpos inorgânicos. Desses elementos, os que desempenham um papel principal são: o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono; os outros só se acham apenas ocasionalmente. Como no reino mineral, a diferença de proporções na combinação desses elementos produz todas as variedades de substâncias orgânicas e suas diversas propriedades, tais como: os músculos, os ossos, o sangue, a bílis, os nervos, a matéria cerebral e a gordura, isso nos animais; a seiva, a madeira, as folhas, os frutos, as essências, os óleos, as resinas etc., nos vegetais. Assim, na formação dos animais e das plantas, não existe nenhum corpo especial que não se encontre também no reino mineral.113

    13. Alguns exemplos comuns nos farão compreendermos as transformações que se operam no reino orgânico apenas pela modificação dos elementos constitutivos.

    No suco da uva não há vinho e nem álcool, mas simplesmente água e açúcar. Quando esse suco chega à maturidade e se encontra em as condições propícias, produz-se nele um trabalho íntimo a que se dá o nome de fermentação. Nesse trabalho, uma parte do açúcar se decompõe; o oxigênio, o hidrogênio e o carbono se separam e se combinam nas proporções desejadas para produzir o álcool, de sorte que bebendo suco de uva, não se bebe realmente álcool, pois que este não existe ainda; ele se forma das partes constituintes da água e do açúcar, sem que haja aí, em suma, uma molécula a mais ou a menos.

    No pão e nos legumes que comemos, certamente não há carne, nem sangue, nem osso, nem bílis, nem matéria cerebral, entretanto, esses mesmos alimentos, em se decompondo e recompondo-se pelo trabalho da digestão, vão produzir aquelas diferentes substâncias apenas pela transmutação de seus elementos constitutivos.

    Na semente de uma árvore tampouco há madeiras, folhas, flores ou frutos, e seria um erro infantil crermos que a árvore inteira se encontre em forma microscópica nessa semente; quase não há nela sequer oxigênio, hidrogênio e carbono em quantidade necessária para formar uma folha de árvore. A semente contém um gérmen que desabrocha quando ela se acha nas condições favoráveis; esse gérmen se desenvolve pelos sucos que extrai da terra e dos gases que aspira do ar; tais sucos, que não são nem madeira, nem folhas, nem flores, nem frutos, infiltrando-se na planta, forma nela a seiva, assim como nos animais os alimentos formam o sangue. Essa seiva levada pela circulação a todas as partes do vegetal, conforme o órgão a que vai ter e onde sofre uma elaboração especial, transforma-se em madeira, folhas e frutos, como o sangue se transforma em carne, osso, bílis etc.; contudo, são sempre os mesmos elementos: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono, diversamente combinados.

    14. As diferentes combinações dos elementos para a formação das substâncias minerais, vegetais e animais não podem então se produzir senão nos meios e em circunstâncias propícias; fora dessas circunstâncias, os princípios elementares estão numa espécie de inércia. Todavia, desde que as circunstâncias sejam favoráveis, começa um trabalho de elaboração; as moléculas entram em movimento, agitam-se, atraem-se, aproximam-se e se separam em virtude da lei de afinidades, e, por suas múltiplas combinações, compõem a infinita variedade das substâncias. Que essas condições cessem e o trabalho subitamente cessará, para recomeçar quando elas novamente se apresentarem. É assim que a vegetação se ativa, enfraquece, cessa e prossegue sob a ação do calor, da luz, da umidade, do frio ou da seca; é assim que esta planta prospera num clima ou num terreno, e murcha ou morre em um outro.

    15. O que se passa diariamente aos nossos olhos pode nos colocar na pista do que se passou na origem dos tempos, pois as leis da natureza são sempre invariáveis.

    Visto que os elementos constitutivos dos seres orgânicos e inorgânicos são os mesmos e que, sob a força de certas circunstâncias, nós os vemos incessantemente formar as pedras, as plantas e os frutos, podemos concluir daí que os corpos dos primeiros seres vivos foram formados como as primeiras pedras, pela reunião das moléculas elementares em virtude da lei de afinidade, à medida que as condições da vitalidade do globo foram propícias a esta ou àquela espécie.

    A similaridade de forma e de cores na reprodução dos indivíduos de cada espécie pode ser comparada à similaridade de forma de cada espécie de cristal. Justapondo-se, sob a força da mesma lei, as moléculas produzem um conjunto análogo.


    Notas de Rodapé

    113 O quadro a seguir, com a análise de algumas substâncias, mostra a diferença das propriedades que resulta somente da diferença na proporção dos elementos constituintes.

    Sobre 100 partes:CarbonoHidrogênioOxigênioAzoto
    Açúcar de cana42,4706,90050,630––
    Açúcar de uva36,7106,78056,510––
    Álcool51,98013,70034,320––
    Azeite de oliveira77,21013,3609,430––
    Óleo de nozes79,77410,5709,1220,534
    Gordura78,99611,7009,304––
    Fibrina53,3607,02119,68519,934
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