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    Início»Livros»CAPÍTULO XXVIII – COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS – parte 2
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    CAPÍTULO XXVIII – COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS – parte 2

    O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

    II – PRECES PARA SI MESMO

    Aos anjos guardiões e aos Espíritos protetores

    11. Prefácio. Todos nós temos um bom Espírito que fica ligado a nós desde o nascimento e que nos tomou sob a sua proteção. Ele desempenha junto a nós a missão de um pai junto ao seu filho: a missão de nos conduzir pela estrada do bem e do progresso, através das provações da vida. Ele fica feliz quando nós correspondemos à sua solicitude e lamenta quando nos vê sucumbir.

    Seu nome pouco importa, pois pode não ser um nome conhecido na Terra; então, nós o invocamos como o nosso anjo guardião, nosso bom gênio; podemos até invocá-lo sob o nome de um Espírito superior qualquer pelo qual nós sentimos uma simpatia mais particularmente.

    Além do nosso anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, nós temos Espíritos protetores que, por serem menos elevados, nem por isso deixam de ser bons e benevolentes; são eles: os parentes, os amigos ou algumas vezes pessoas que não conhecemos na nossa existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e muitas vezes com suas intervenções nos atos da nossa vida.

    Os Espíritos simpáticos são aqueles que se ligam a nós por uma certa semelhança de gostos e de tendências; eles podem ser bons ou maus, de acordo com a natureza das inclinações que os atraem até nós.

    Os Espíritos sedutores se esforçam para nos desviar do caminho do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Eles se aproveitam de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas que lhes dão acesso à nossa alma. Alguns deles se agarram a nós como a uma presa, mas eles se afastam quando reconhecem sua impotência para lutar contra a nossa vontade.

    Deus nos deu um guia principal e superior em nosso anjo guardião, e guias secundários em nossos Espíritos protetores e familiares; mas seria um erro achar que temos forçosamente um mau gênio posto ao nosso lado para contrabalançar as boas influências. Os maus Espíritos vêm voluntariamente, quando eles encontram algum domínio sobre nós — pela nossa fraqueza ou pela nossa negligência em seguirmos as inspirações dos bons Espíritos. portanto, somos nós que os atraímos. Daí resulta que nós jamais estamos privados da assistência dos bons Espíritos e que depende de nós o afastamento dos maus. Por suas imperfeições, sendo o homem a causa primeira das misérias que o afligem, quase sempre ele é o seu próprio mau gênio. (Cap. V, item 4.)

    A prece aos anjos guardiões e aos Espíritos protetores deve ter por finalidade solicitar a intercessão deles junto a Deus, pedindo-lhes a força para resistir às más sugestões e a assistência deles nas necessidades da vida.

    12. PRECE. — Espíritos sábios e benevolentes, mensageiros de Deus, cuja missão é a de assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho: sustentem- me nas provas desta vida; concedam-me a força para suportá-las sem reclamação; afastem de mim os maus pensamentos e façam com que eu não dê acesso a nenhum mau Espírito que tentasse me induzir ao mal. Esclareçam a minha consciência sobre os meus defeitos e tirem dos meus olhos o véu do orgulho que poderia me impedir de percebê-los e de admiti-los a mim mesmo.

    Principalmente a ti… [nome], meu anjo guardião, que vela mais particularmente por mim, e a todos vocês, Espíritos protetores, que se interessam por mim: façam com que eu me torne digno da sua benevolência. Vocês conhecem as minhas necessidades; que elas se realizem conforme a vontade de Deus.

    13. (Outra) — Meu Deus, permita que os bons Espíritos que me cercam venham em meu auxílio quando eu estiver em dificuldade, e que me sustentem se eu fraquejar. Faça, Senhor, com que eles me inspirem a fé, a confiança e a caridade; que eles sejam para mim um apoio, uma esperança e uma prova da tua misericórdia. Faça, enfim, com que eu encontre perto deles a força que me falta nos desafios da vida e, para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.

    14. (Outra) — Espíritos bem-amados, anjos guardiões, vocês a quem Deus, na sua infinita misericórdia, permite velarem pelos homens: sejam nossos protetores nas provações da vida terrestre. Concedam-nos a força, a coragem e a resignação; inspirem-nos tudo que é bom, retendo-nos da inclinação do mal; que a sua doce influência penetre nossa alma; faça-nos sentir que um amigo devotado está aqui, perto de nós, vendo os nossos sentimentos e participando das nossas alegrias.

    E você, meu bom anjo, não me abandone! Eu preciso de toda a tua proteção para suportar com fé e amor as provas que Deus queira me enviar.

    Para afastar os maus Espíritos

    15. Ai de vocês, escribas e fariseus hipócritas, porque vocês limpam por fora o copo e o prato, mas que, por dentro, estão cheios de ganância e de impurezas. Fariseus cegos, limpem primeiramente o interior do copo e do prato, a fim de que o exterior também esteja limpo. Ai de vocês, escribas e fariseus hipócritas, que se assemelham a sepulcros caiados, que por fora parecem belos aos olhos dos homens, mas que, por dentro, estão cheios de toda espécie de podridão. Assim, exteriormente vocês parecem justos aos olhos dos homens, mas interiormente vocês estão cheios de hipocrisia e de iniquidades. (São Mateus, 23: 25 a 28)

    16. Prefácio. Os maus Espíritos só vão aonde eles podem satisfazer a sua própria perversidade; para afastá-los, não basta pedir ou até mesmo lhes mandar embora: é preciso que exclui em si mesmo aquilo que os atrai. Os maus Espíritos farejam as feridas da alma como as moscas farejam as feridas do corpo; do mesmo modo que você limpa o corpo para evitar a contaminação pelos vermes, você também deve limpar a alma de suas impurezas para evitar os maus Espíritos. Já que nós vivemos num mundo onde pululam maus Espíritos, as boas qualidades do coração nem sempre nos colocam a salvo das tentativas deles, mas elas nos dão a força para resistirmos a esses maus Espíritos.

    17. PRECE. — Em nome de Deus Todo-Poderoso, que os maus Espíritos se afastem de mim e que os bons me sirvam de proteção contra eles!

    Espíritos malvados, que inspiram maus pensamentos aos homens; Espíritos trapaceiros e mentirosos que os enganam; Espíritos zombeteiros que brincam com a fé alheia, eu os repulso com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às suas sugestões, mas peço para vocês a misericórdia de Deus.

    Bons Espíritos, que se dignam de me assistir, concedam-me a força para resistir à influência dos maus Espíritos e as luzes necessárias para eu não ser iludido por suas trapaças. Preservem-me do orgulho e da presunção; afastem do meu coração o ciúme, o ódio, a malevolência e todo sentimento contrário à caridade, que são outras tantas portas abertas ao Espírito do mal.

    Pedir para se corrigir de um defeito

    18. Prefácio. Nossos maus instintos são o resultado da imperfeição do nosso próprio Espírito, e não do nosso organismo físico; de outro modo, o homem escaparia de toda espécie de responsabilidade. Nosso melhoramento depende de nós, pois todo homem que tem o gozo das suas faculdades tem, para todas as coisas, a liberdade de fazer ou de não fazer; para praticar o bem, não lhe falta mais do que vontade. (Cap. XV, item 10; cap. XIX, item 12.)

    19. PRECE. — Recebi de ti, ó meu Deus, a inteligência necessária para distinguir o que é bom e o que é mau. Ora, desde quando eu reconheço que uma coisa é má, torno-me culpado se não me esforçar para resisti-la.

    Preserve-me do orgulho que poderia me impedir de perceber os meus defeitos, e dos maus Espíritos que poderiam me incitar a segui-los.

    Entre as minhas imperfeições, reconheço que eu sou particularmente inclinado a…; e se eu não resisto a essa arrastamento, é devido ao hábito que já adquiri de ceder a esta imperfeição.

    O Senhor, por ser justo, não me criou culpado, mas com uma igual aptidão para o bem e para o mal; se eu segui o mau caminho, foi por efeito do meu livre-arbítrio. Contudo, pela mesma razão que eu tive a liberdade de fazer o mal, eu tenho a de fazer o bem e, por conseguinte, a de mudar de caminho.

    Meus defeitos atuais são um resto das imperfeições que eu guardei das minhas existências anteriores; esse é o meu pecado original, do qual eu posso me desembaraçar pela minha vontade e com a assistência dos bons Espíritos.

    Bons Espíritos que me protegem, e sobretudo o meu anjo da guardião, concedam-me a força para resistir às más sugestões e para sair vitorioso da luta.

    Os defeitos são as barreiras que nos separam de Deus e cada defeito superado é um passo dado na estrada do adiantamento que deve me aproximar dele.

    O Senhor, na sua infinita misericórdia, dignou-se de me conceder a existência atual para que ela servisse ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudem-me a aproveitá-la, a fim de que ela não seja uma existência perdida para mim, e que, quando Deus quiser retirá-la de mim, eu saia dela melhor do que quando nela entrei. (Cap. V, item 5; cap. XVII, item 3.)

    Pedir para resistir a uma tentação

    20. Prefácio. Todo mau pensamento pode ter duas fontes: a própria imperfeição da nossa alma ou uma funesta influência que age sobre ela; neste último caso, isso é sempre um indício de uma fraqueza que nos torna propícios a receber essa influência e, consequentemente, um indício de alma imperfeita; de tal maneira que a pessoa que falir não poderá usar como desculpa a influência de um Espírito estranho, já que esse Espírito não a teria convencido ao mal se ele achasse que a pessoa fosse incessível à sedução.

    Quando um mau pensamento surge em nós, podemos então imaginar um Espírito malvado nos chamando para o mal, mas para o qual todos nós somos livres para ceder ou para resistir, tal como se fosse um chamamento de uma pessoa viva. Devemos ao mesmo tempo imaginar nosso anjo guardião, ou Espírito protetor, que ao nosso lado combate em nós a má influência e espera com ansiedade a decisão que nós vamos tomar. Nossa hesitação em praticar o mal é a voz do bom Espírito que se faz ouvir pela nossa consciência.

    Reconhecemos que um pensamento é mau quando ele se afasta da caridade, que é a base da verdadeira moral; quando ele tem por princípio o orgulho, a vaidade ou o egoísmo; quando sua realização pode causar qualquer prejuízo a alguém; quando, enfim, ele nos induz a fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem. (Cap. XXVIII, item 15; cap. XV, item 10.)

    21. PRECE. — Deus Todo-Poderoso, não me deixe cair na tentação de falir que eu tenho. Espíritos benevolentes que me protegem, afastem de mim esse mau pensamento e me dê a força para resistir à sugestão do mal. Se eu cair, eu merecerei expiar a minha falta nesta vida e na outra, porque eu sou livre para escolher.

    Ação de graças pela vitória obtida sobre uma tentação

    22. Prefácio. Aquele que resistiu a uma tentação deve isso à assistência dos bons Espíritos dos quais ele ouviu a voz. Ele deve agradecer a Deus e ao seu anjo guardião.

    23. PRECE. — Meu Deus, eu te agradeço por haver permitido sair vitorioso da luta que acabo de sustentar contra o mal; faça com que essa vitória me dê a força para resistir a novas tentações.

    E a ti, meu anjo guardião, agradeço a tua assistência; que a minha submissão aos teus conselhos me faça de novo merecedor da tua proteção!

    Para pedir um conselho

    24. Prefácio. Quando estamos indecisos sobre fazer ou não fazer uma coisa, devemos antes de tudo propor a nós mesmos as seguintes questões:
    1°) Aquilo que eu hesito em fazer pode trazer algum prejuízo a alguém?
    2°) Pode ser útil a outro alguém?
    3°) Se alguém fizesse a mesma comigo eu ficaria satisfeito?

    Se essa coisa só interessa a nós mesmos, devemos balancear as vantagens e os inconvenientes pessoais que daí possam resultar.

    Se ela envolve outras pessoas e se, fazendo bem para alguém, ela faz mal para outra, é preciso igualmente pesar a soma do bem e do mal para nos abster ou agir.

    Enfim, mesmo para as melhores coisas, é necessário ainda considerarmos a oportunidade e as circunstâncias acessórias, porque uma coisa boa em si mesma pode ter maus resultados em mãos inábeis e se ela não for conduzida com prudência e critério. Antes de empreendê-la, convém consultar suas forças e os meios de execução.

    Em todos os casos, sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos protetores, lembrando deste sábio provérbio: Na dúvida, abstenha-se. (Cap. XXVIII, item 38.)

    25. PRECE. — Em nome de Deus Todo-Poderoso, bons Espíritos que me protegem: inspirem-me a melhor resolução a tomar na incerteza em que me encontro. Dirijam meu pensamento para o bem e desviem a influência daqueles que tentarem me transviar.

    Nas aflições da vida

    26. Prefácio. Podemos pedir a Deus favores terrenos e ele pode concedê-los, quando eles tiverem uma finalidade útil e séria; mas como nós julgamos a utilidade das coisas conforme o nosso ponto de vista e como a nossa vista está limitada ao presente, nem sempre nós vemos o lado mau do que desejamos. Deus, que vê melhor do que nós e que só quer o nosso bem, pode então negar nosso pedido, como um pai nega ao filho aquilo que lhe poderia ser prejudicial. Se o que pedimos não nos for concedido, não devemos desanimar por causa disso; devemos, ao contrário, pensar que a privação daquilo que desejamos nos é imposta como uma prova ou como expiação, e que a nossa recompensa será proporcional à resignação com a qual tivermos suportado. (Cap. XXVII, item 6; cap. II, itens 5 a 7.)

    27. PRECE. — Deus Todo-Poderoso que vê as nossas misérias, digna-te de ouvir favoravelmente os desejos que te endereço neste momento. Se o meu pedido for inconveniente, perdoe-me por isso; se ele for justo e útil aos teus olhos, que os bons Espíritos que executam as tuas vontades venham em meu auxílio para a sua realização.

    O que quer que aconteça, meu Deus, que a tua vontade seja feita. Se meus desejos não forem atendidos, é que está nos teus desígnios me testar, e eu me submeto sem queixas. Faça com que eu não desanime por causa disso, e que nem a minha fé nem a minha resignação sofram qualquer abalo. (Formular o pedido.)

    Ação de graças por um favor obtido

    28. Prefácio. Não devemos considerar como acontecimentos felizes somente as coisas de grande importância; as coisas aparentemente mais insignificantes são com frequência as que mais influenciam o nosso destino. O homem esquece facilmente o bem, e se lembram muito mais daquilo que o aflige. Se registrássemos dia após dia os benefícios que recebemos, mesmo sem os pedirmos, quase sempre ficaríamos admirados de termos recebido tantos e tantos que se apagaram da nossa memória, e ficaríamos humilhados com a nossa ingratidão.

    A cada noite, ao elevarmos a nossa alma a Deus, devemos recordar em nós mesmos os favores que ele nos concedeu durante o dia e lhe agradecer por isso. É principalmente no momento exato em que experimentamos o efeito da sua bondade e da sua proteção que devemos, por um movimento espontâneo, testemunhar a nossa gratidão a ele. Para tanto, basta que um pensamento atribua a ele o benefício recebido, sem que seja necessário interromper o nosso trabalho.

    Os benefícios de Deus não consistem somente em coisas materiais; é preciso agradecê-lo igualmente pelas boas ideias, as inspirações felizes que nos são sugeridas. Enquanto o egoísta atribui o mérito de tudo a si mesmo e o incrédulo o atribui ao acaso, aquele que tem fé rende graças a Deus e aos bons Espíritos. Para isso, as longas frases são inúteis: “Obrigado, meu Deus, pelo bom pensamento que me foi inspirado” diz mais do que muitas palavras. O impulso espontâneo que nos faz atribuir a Deus aquilo que nos acontece de bom já prova um hábito de reconhecimento e de humildade que nos atrai a simpatia dos bons Espíritos. (Cap. XXVII, itens 7 e 8.)

    29. PRECE. — Deus infinitamente bom, que o teu nome seja bendito pelas bênçãos que me tem concedido; seria indigno de minha parte delas se eu as atribuísse ao acaso dos acontecimentos ou ao meu próprio mérito.

    Bons Espíritos, que foram os executores das vontades de Deus, e especialmente a ti, meu anjo guardião: eu agradeço a vocês. Afastem de mim o pensamento de me orgulhar dessas bênçãos e de usá-las sem ser para o bem.

    Agradeço a vocês principalmente por… [favor obtido]

    Ato de submissão e de resignação

    30. Prefácio. Quando um motivo de aflição nos atinge, se procurarmos a sua causa, nós descobriremos frequentemente que é uma consequência da nossa imprudência, da nossa imprevidência ou de uma ação anterior; nesses casos, não devemos culpar senão a nós mesmos. Se a causa de uma infelicidade independe totalmente de qualquer ação nossa, é que ou ele é uma provação para esta vida ou é uma expiação de uma existência passada, e neste último caso, o tipo da expiação pode nos indicar o tipo da falta que cometemos, pois nós somos sempre punidos por aquilo que pecamos. (Cap. V, itens 4, 6 e seguintes.)

    Naquilo que nos aflige, geralmente nós só vemos o mal momentâneo e não as futuras consequências favoráveis que isso possa ter. O bem muitas vezes é a sequência de um mal passageiro, como a cura de uma doença é o resultado dos meios doloridos que empregamos para obter tal cura. Em todos os casos, nós devemos nos submeter à vontade de Deus e suportar com coragem as tribulações da vida, se quisermos que elas nos sejam levadas em conta e que estas palavras do Cristo sejam aplicadas a nós: “Bem-aventurados aqueles que sofrem”. (Cap. V, item 18.)

    31. PRECE. — Meu Deus, que é soberanamente justo: todo sofrimento neste mundo há de ter então sua causa e sua utilidade. Eu aceito a causa da aflição que acabo de experimentar como uma expiação das minhas faltas passadas e como uma prova para o futuro.

    Bons Espíritos que me protegem, deem-me a força para suportá-la sem murmúrio; façam com que isso me seja uma advertência positiva; que faça crescer a minha experiência; que combata em mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, contribuindo assim para o meu adiantamento.

    32. (Outra) — Eu sinto, ó meu Deus, a necessidade de te pedir para que me dê a força para suportar as provações que o Senhor quis me enviar. Permita que a luz se faça bastante viva em minha mente para que eu aprecie toda a extensão de um amor que me aflige porque quer me salvar. Submeto-me com resignação, ó meu Deus. Ah, mas a criatura é tão fraca que, se o Senhor não me amparar, eu temo sucumbir. Não me abandone, Senhor, pois sem ti eu não consigo nada.

    33. (Outra) — Elevei meu olhar a ti, ó Eterno, e me senti fortalecido. O Senhor é a minha força, não me abandone! Ó meu Deus, sinto-me esmagado sob o peso das minhas iniquidades! Ajude-me! O Senhor conhece as fraquezas da minha carne, não desvie de mim o teu olhar!

    Sou devorado por uma sede ardente; faça brotar a fonte da água viva e eu serei saciado. Que a minha boca não se abra senão para entoar os teus louvores, e não para me reclamar das aflições da minha vida. Sou fraco, Senhor, mas o teu amor me sustentará.

    Ó Eterno, o único que é grande, o único que é o propósito e a finalidade da minha vida. Bendito seja o teu nome quando me ferir, pois o Senhor é o Mestre e eu sou o servo infiel; eu curvarei minha fronte sem me lastimar, pois só o Senhor é grandioso, só o Senhor é objetivo.

    Diante de um perigo iminente

    34. Prefácio. Através dos perigos que nós enfrentamos, Deus nos faz lembrarmos da nossa fraqueza e da fragilidade da nossa existência. Ele nos mostra que a nossa vida está nas mãos dele e que ela está por um fio, que pode se romper quando menos estivermos esperando por isso. Nesse sentido, não há privilégio para ninguém, pois tanto o grande quanto o pequeno estão sujeitos às mesmas alternativas.

    Se examinarmos a natureza e as consequências do perigo, veremos que na maioria das vezes, se tivessem ocorrido, essas consequências teriam sido a punição de uma falta cometida ou de um dever negligenciado.

    35. PRECE. — Deus Todo-Poderoso, e você, meu anjo guardião, ajudem-me! Se eu devo sucumbir, que a vontade de Deus seja feita. Se eu for salvo, que o restante da minha vida repare o mal que eu possa ter feito e do qual me arrependo.

    Ação de graças por ter escapado de um perigo

    36. Prefácio. Por meio do perigo que corremos, Deus nos mostra que de um momento para outro nós podemos ser chamados a prestar contas do que nós temos feito da vida; assim, ele nos convida a examinarmos a nós mesmos e nos corrigirmos.

    37. PRECE. — Meu Deus e meu anjo guardião, eu lhes agradeço o socorro que me enviaram diante do perigo que me ameaçou. Que esse perigo seja para mim uma advertência e que me esclareça sobre as faltas que possam tê-lo atraído a mim. Eu compreendo, Senhor, que a minha vida está em tuas mãos e que o Senhor pode tirá-la de mim quando te aprouver. Inspire-me, através dos bons Espíritos que me assistem, o pensamento de empregar utilmente o tempo que ainda me concedeu neste mundo.

    Meu anjo guardião, ampare-me na resolução que eu tomo de reparar os meus erros e de fazer todo o bem que esteja ao meu alcance, a fim de chegar menos carregado de imperfeições no mundo dos Espíritos, quando Deus quiser me chamar para lá.

    Quando for dormir

    38. Prefácio. O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não precisa repousar. Enquanto os sentidos físicos estão entorpecidos, a alma se desprende parcialmente da matéria e goza de suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao homem para a reparação das forças orgânicas e das forças morais. Enquanto o corpo recupera as forças que gastou pela atividade da vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos; naquilo que ele vê, no que ouve e nos conselhos que lhe deram, ele colhe ideias que, ao despertar, lhe surgem em forma de intuição. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, é o prisioneiro momentaneamente de volta à liberdade.

    Mas, como ocorre com o presidiário perverso, acontece que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para o seu adiantamento; se tiver maus instintos, em vez de procurar a companhia de bons Espíritos, ele procura a de seus similares e vai visitar os lugares onde possa dar livre curso às suas inclinações.

    Que aquele que esteja compenetrado dessa verdade eleve o seu pensamento no momento em que sinta o sono se aproximar; que ele peça os conselhos dos bons Espíritos e de todos aqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que eles venham se juntar a ele nos curtos instantes que lhe são concedidos, e ao acordar ele vai se sentir mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.

    39. PRECE. — Minha alma vai se encontrar por um instante com os outros Espíritos. Que aqueles que sejam bons venham me ajudar com seus conselhos. Meu anjo guardião, faça com que no meu despertar eu conserve desse encontro uma impressão durável e aproveitável.

    Prevendo a morte próxima

    40. Prefácio. Durante a vida, a fé no futuro e a elevação do pensamento em direção aos destinos vindouros ajudam no rápido desligamento do Espírito ao enfraquecer os laços que o retêm ao corpo; muitas vezes, a vida corporal ainda nem se extinguiu e a alma, impaciente, já levantou voo rumo à imensidade. De maneira contrária, no homem que concentra todos os seus pensamentos nas coisas materiais, esses laços são mais tenazes, a separação é difícil e dolorosa, e o despertar no além-túmulo é cheio de perturbação e ansiedade.

    41. PRECE. — Meu Deus, eu creio em ti e na tua bondade infinita; eis por que não posso crer que o Senhor tenha dado ao homem a inteligência para te conhecer e nem a aspiração pelo futuro para mergulhá-la no nada.

    Acredito que o meu corpo é apenas o envoltório perecível da minha alma e que, quando eu tiver deixado de viver, acordarei no mundo dos Espíritos.

    Deus Todo-Poderoso, eu sinto se romperem os laços que unem minha alma ao meu corpo, e logo vou ter que prestar contas da utilização da vida que vou deixar.

    Vou sofrer as consequências do bem e do mal que fiz; lá, não há mais ilusões nem subterfúgios possíveis: todo o meu passado vai se desenrolar diante de mim e eu serei julgado segundo as minhas obras.

    Nada levarei dos bens terrenos; honras, riquezas, satisfações da vaidade e do orgulho, enfim tudo que diz respeito ao corpo vai ficar neste mundo; nem a mínima parcela me acompanhará, e nada disso tudo será de utilidade alguma para mim no mundo dos Espíritos. Levarei comigo somente o que diz respeito à alma, isto é, as boas e as más qualidades, que serão pesadas na

    364 – O Evangelho segundo o Espiritismo balança de uma rigorosa justiça, e eu serei julgado com tanto maior severidade quanto mais a minha posição na Terra me tenha oferecido oportunidade de fazer o bem que eu não fiz. (Cap. XVI, item 9.)

    Deus de misericórdia, que o meu arrependimento chegue a ti! Digna-te de estender a mim a tua indulgência.

    Se te agradar prolongar a minha existência, que o restante dela seja empregado, tanto que eu puder, para reparar o mal que eu tenha feito. Se a minha hora tiver chegado, sem volta, eu levo o pensamento consolador de que me será permitido redimir-me por meio de novas provas, a fim de merecer um dia a felicidade dos eleitos.

    Se não me for permitido gozar imediatamente dessa felicidade pura compartilhada só pelos justos por excelência, eu sei que a minha esperança não está perdida para sempre e que, com trabalho, alcançarei a meta, mais cedo ou mais tarde, conforme os meus esforços.

    Eu sei que os bons Espíritos e o meu anjo guardião estão lá, a meu favor, para me receberem; em pouco tempo eu os verei, como eles me veem. Sei que reencontrarei aqueles a quem amei na Terra, se eu tiver merecido, e que aqueles que eu deixar aqui virão se juntar a mim, e que um dia estaremos todos reunidos para sempre e que, enquanto isso, eu poderei vir visitá-los.

    Sei também que vou reencontrar aqueles a quem ofendi; então, que eles possam me perdoar por aquilo de que eles se queixam contra mim: meu orgulho, minha dureza e minhas injustiças, para que eu não passe vergonha com a presença deles!

    Eu perdoo aqueles que me tem feito ou quiseram me fazer o mal na Terra; não alimento nenhuma mágoa contra eles e peço a Deus que os perdoe. Senhor, dê-me a força para deixar sem pesar os prazeres grosseiros deste mundo, que não significam nada perto das alegrias puras do mundo onde vou entrar. Lá, para o justo, não há mais tormentos, nem sofrimentos, nem misérias; só o culpado sofre, embora lhe reste a esperança.

    Bons Espíritos, e a ti, meu anjo guardião, não me deixem falhar neste momento supremo; façam com que brilhe aos meus olhos a luz divina para reanimar a minha fé, se ela vier a se abalar.

    Observação — Veja adiante o item V: Preces pelos doentes e obsidiados.

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